Sob ameaça de greve, prefeitura de Juazeiro contesta números apresentados por sindicato: Informações inverídicas
- 08/06/2023
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Prefeito Glêdson Bezerra Foto: Reprodução
O prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) e a Prefeitura de Juazeiro do Norte contestaram números apresentados pelo sindicato dos servidores municipais na última terça-feira (6). Em discurso na Câmara Municipal, o presidente da entidade criticou tanto a proposta de reajuste salarial enviada pelo Executivo, fixada em 5,79%, como apontou crescimento no número de contratos temporários.
Agora, na folha do mês de maio, o município tem 3.399 contratados temporariamente, cabide de emprego do prefeito, disse Marcelo Alves, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte (Sisemjun).
A prefeitura, porém, aponta que os números apresentados pelo sindicato, sobretudo de contratos temporários, são distorcidos. Para a gestão municipal, foram divulgadas informações inverídicas para tentar tirar a justificativa da reposição salarial proposta pelo Executivo. Hoje temos 3300 servidores contratados, ou seja 700 a menos do que quando assumi o governo, diz o prefeito.
Sobre o percentual de 5,79%, Glêdson justifica que a situação do município é complexa para possibilitar uma reposição maior. Isso porque o município ultrapassou o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estipula que os gastos com pessoal não devem ultrapassar 54%. Hoje, segundo a prefeitura, a folha de gastos com pessoal se encontra em 55,58%, 1,58% acima desse limite.
Como justificativa para o inchaço da folha, Glêdson cita a queda na arrecadação e a convocação de 1.600 servidores aprovados no concurso público de 2019. Quando assumi, só tinham chamado 44 pessoas, e um servidor concursado é mais custoso para o município do que um contratado. Além disso, tem o aumento de 14,95% concedido para os professores, explica.
Nesta quarta (7), representantes da Procuradoria do Município se reuniram com vereadores e sindicatos para discutir a possibilidade de aplicar um percentual de reajuste maior que 5,79%. Na ocasião, ficou acordado que o município apresente uma nova proposta até o dia 30. No entanto, há uma assembleia geral agendada para o próximo dia 15, quando os servidores devem decidir sobre a deflagração de greve geral.
Por Rogério Brito
Miséria.com.br